Dia Mundial do Meio Ambiente-5 de junho – Vamos relembrar os 5 desastres ambientais recentes no Brasil

Informativo

O dia 5 de junho é o dia Mundial do Meio Ambiente e foi criado pela Organização das Nações Unidas para conscientizar sobre a proteção e valorização dos recursos naturais e chamar atenção sobre os desastres ambientais que acontecem pela que assolam os ecossistemas  causados  pela força da natureza ou  pela ação do homem como exploração dos solos, queimadas e desmatamentos.

Os desastres ambientais acontecem em todo o mundo há centenas de anos. Podem ser causados por acidente, erro humano ou fatores naturais. Mas, independente da causa, essas catástrofes afetam de maneira intensa as comunidades próximas e provocam danos muitas vezes irreversíveis ao ecossistema.

Para que você reflita sobre esses episódios, e também para lembrá-los sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, nós listamos os maiores desastres que ocorreram no Brasil e explicamos os seus impactos ambientais.

1- Rompimento da barragem em Cataguases (2003)

Local: Cataguases, no interior do estado de Minas Gerais

Data: 29 de março de 2003

Quantidade: um bilhão e quatrocentos milhões de litros de lixívia (licor negro)

Empresa culpada: Indústria Cataguases de Papel

Considerado um dos maiores desastres ambientais do Brasil, o rompimento da barragem na Fazenda Bom Destino, no município mineiro de Cataguases, aconteceu em 2003.

O líquido de cor escura que vazou para as águas da Bacia Hidrográfica do Paraíba do Sul era a sobra industrial da produção de celulose. No total, foram 900 mil metros cúbicos de rejeitos industriais de cor escura, conhecido como “licor negro”.

O resultado foi mais de 600 mil pessoas sem água durante semanas, o que afetou diretamente a vida de pescadores, agricultores e famílias inteiras que residiam no local.

O acidente atingiu 3 estados do Brasil (Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro), e além dos danos causados aos seres humanos, o ecossistema foi devastado afetando a fauna e a flora do local.

 

2- Rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais (2015)

A cidade de Mariana e as regiões ao seu redor foram tomadas por um rastro de destruição com o rompimento das barragens do Fundão e de Santarém, ambas da mineradora Samarco. Em seu caminho, a lama destruiu por completo a pequena Bento Rodrigues. O episódio é considerado a maior catástrofe ambiental da história brasileira.

Ao todo, 600 famílias ficaram desalojadas, 19 pessoas morreram e 1469 hectares de vegetação foram comprometidos. Cerca de 663 quilômetros de rios e córregos foram contaminados pela lama, e poucas horas após o rompimento, a massa de rejeitos chegou ao rio Doce, a maior bacia da região sudeste brasileira.

A turbidez da água comprometeu de forma grave o ecossistema e ocasionou a morte de toneladas de peixes e outros animais da região. O episódio, marcado pelos 43 milhões de metros cúbicos de rejeitos lançados no ambiente, somou mais de R$ 350 milhões em autos de infração. Em janeiro deste ano, o jornal O Globo apurou que a mineradora ainda não havia pago qualquer valor ao Ibama.

3 -Incêndio na Chapada dos Veadeiros em 2017

A chapada dos Veadeiros, localizada no estado de Goiás sobre um incêndio que destruiu cerca de 65 mil hectares de vegetação do cerrado, o equivalente a metade da cidade do Rio de janeiro. Acredita-se que o incêndio foi criminoso com os fazendeiros insatisfeitos com o aumento do tamanho da reserva.

Entre as maiores vítimas , além da vegetação, estão os pequenos mamíferos, os anfíbios, os répteis e algumas aves que não conseguiram escapar do fogo e acabaram sendo carbonizados.

O fogo é uma elemento da natureza de dificil controle. E as práticas de queimadas de pastagens poderiam ser evitadas se houvesse políticas públicas ou privadas eficientes para fiscalizar essa devastação à natureza.

4- Óleo no litoral do Nordeste e do sudeste 2019

O litoral brasileiro foi atingido por manchas de óleo deixadas pelos navios que transitam nas águas brasileiras.

Dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBMA e da Marinha Brasileira  mostram que 1009 localidades em 130 municípios em 11 estados diferentes. O óleo fez com que vários animais morressem, poluiu as áreas costeiras, comprometeu atividades econômicas como a pesca e o turismo

De acordo com a marinha os resíduos foram espalhados a uma distância de 770 km da costa brasileira e aproximadamente5,3 mil toneladas foram recolhidas. Em junho de 2020, as manchas de óleo voltaram a aparecer no Rio Grande do Norte, Alagoa e Bahia.

O grande perigo também para a população atingida como pescadores, marisqueiras, grávidas, profissionais envolvidos na retirada do óleo é que a exposição aos resíduos causou irritação  e erupções na pele, queimação, inchaço, sintomas respiratórios, dor de cabeça, náusea, dores abdominais, vômito e diarreia. E o efeito mais temido a longo prazo é a ocorrência de câncer

5- Rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais (2019)

A cidade de Brumadinho viu a destruição se repetir com o rompimento da barragem I na mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale. O mar de lama destruiu tudo o que encontrou pela frente: casas, plantações, pousadas, estradas e vegetação.

Segundo a empresa, cerca de 300 funcionários estavam trabalhando no local na hora do rompimento. Devido ao curso dos rejeitos e ao rompimento inesperado, o episódio fez mais de 241 vítimas fatais, de acordo com os dados divulgados em maio de 2019. Até a data, mais de 25 pessoas continuavam desaparecidas.

Segundo análise do Ibama, os rejeitos de minério devastaram 133,27 hectares de vegetação nativa da Mata Atlântica e 70,65 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APP). O Rio Paraopeba, afluente do São Francisco, foi gravemente contaminado. O impacto ambiental foi devastador e ainda não pode ser totalmente mensurado.

Além dos episódios mencionados aqui, é importante ter em mente que outros desastres ambientais ocorreram no país ao longo dos últimos 20 anos. Independentemente das causas, as catástrofes ambientais deixam marcas na população e comprometem de maneira severa o equilíbrio dos ecossistemas afetados durante décadas. Sendo assim, estar atento e vigilante para que essas situações não aconteçam e cobrar das autoridades soluções adequadas à dimensão de cada um dos episódios é nosso dever como cidadãos.

 

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